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CAROL SEOANE

Como construir uma casa sólida? Como construir a morada da alma? Você precisa de um terreno propício, rico e fértil. Que tal em Santos? E assim ela escolheu morar em Santos, nasceu em Santos e cresceu em Santos. Talvez essa casa tenha que mudar de lugar, talvez essa casa conheça novos horizontes. São Paulo? Milão? Nova Iorque? Tóquio? Essa casa pelo menos teve sua planta desenhada em Santos e com isso, carrega em suas paredes muita cultura e costumes da Baixada. Mas não falaremos dos muros e paredes ainda. Falaremos do alicerce, a base disso tudo: a família. Pai batalhador, mãe, coruja! Dona Fernanda, orgulhosa dessa casa que ela ajudou a construir. Claro que a casa cresceu, não foi na base do puxadinho, foi tudo planejado, então é uma estrutura firme e forte. Às vezes meio manteiga, mas na maior parte do tempo, as paredes são sólidas. A mãe observa com olhos satisfeitos a filha tendo o corpo, a casa, pintada pelo artista. Observa que ela não é mais aquela menininha, é um mulherão.

 

A casa virou uma mansão. Dessas que gostamos de ver de longe e apreciar. Feliz de quem consegue chegar no coração desse lar, basta a amizade soprar e abrir os portões. Para entrar tem que passar pelas janelas. Dois olhos brilhantes e cheio de sonhos. Uma boca com sorriso incrível, desses que desviam a atenção. Nessa casa você entra pelos olhos que vetam a escuridão. Ali, somente a luz do sol, da manhã e do final da tarde. Um luar é bem vindo também, desses cheios de estrelas no céu. E o lar é cercado de boas intenções. Você pode se aproximar, pode ensaiar um contato, porque não? É convidativa.

 

Já há dois anos estudando moda e design, essa morada pretende ditar tendências, trabalhar com consultoria de imagem. Talvez por isso tenha que galgar novos terrenos e horizontes, mas a hora não é essa, uma coisa de cada vez. Você constrói um lar desses com conhecimentos, amor e amizades. Amigos de nobre coração. Soube que a irmã artista e talentosa que irá para o outro lado do mundo, me solta emoticon triste ao comentar a mudança dessa vizinha de longa data. Mas a irmã vai para crescer, então ela compreende.

 

O dia amanhece e ela vai para o trabalho, ao final da tarde passa pela academia… solidificar as paredes, depois disso, faculdade e ao final da noite, exausta, volta para seu aconchego, prepara a refeição do dia seguinte e tudo começará novamente, até abrir as janelas e deixar a luz do sol entrar mais uma vez, para mais um dia. O tempo vai passando, entre os dedos, pelos cabelos, pela pele morena de santista, não há tempo para ficar olhando para trás, o que passou, passou, nesta casa, só há sentimentos bons, onde a má fé não faz morada e maldade não se cria. Então não pense em jogar uma pedra para quebrar a janela, no máximo, você pode estragar a pintura. Uma nova demão de tinta e tudo estará no lugar, inclusive o núcleo desta casa: o coração. Que ensinou-a ser mais tolerante, não julgar ninguém. Com isso, ser mais feliz. Coração que hoje só traz e permite trazer amor, que traz sorrisos, permanecendo tranquilo aonde for.

 

Esse lar é jovem, mas é confiante, toda base que vem abaixo é forte, e cercado de amor dos amigos e familiares. E ela preenche o peito com luz, o alimento do corpo, que carrega a alma. É uma casa de sentimentos bons onde a má fé não faz morada. Se você você pretende bater na porta dessa casa, chamada Carol Seoane, venha munido de paz e tranquilidade. As janelas (olhos) se abrirão para você.

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