top of page
PAULA PEITL

Nome dela é Paula Peitl. Ou Paulinha. É Peitl, de pronúncia “Páitil”. Não “peitil” ou “petit”. Peitl. Nascida em Santos e morando em Santos, chegou para o ensaio com o namorado Lorenzo, gaúcho, rapaz bonito, dos olhos claros, tranquilo e bom de papo. Rodaram o mundo para se conhecerem. Ambos surfam e trouxeram as pranchas, ela seria fotografada em seu habitat preferido: a praia. Começou se preparando para uma sessão de surf, com direito a tirar parafina velha, colocar parafina nova, dar aquela alongada, caminhar, observar o mar e entrar para a fazer a cabeça. Lorenzo nem esperou tudo isso, caiu pra dentro do mar e nem ficou para assistir as fotos da namorada.

 

Paulinha tem vinte e três anos. Quando tinha quase dezoito, foi morar na Austrália. Havia acabado o ensino médio e resolveu tomar um tempo na vida para pensar, não sabia qual curso fazer na faculdade e aliou essa dúvida com a vontade de conhecer o mundo. E foi, com coragem e sozinha para o outro lado do mundo. “A ideia inicial era ficar menos tempo, mas acabei ficando um ano por lá, de 2012 para 2013. Nos últimos meses, acabei conhecendo o Lorenzo”, comenta. Ele voltou para o Brasil, Paulinha ficou, depois de um tempo, ele retornou para a Austrália e ela teve que voltar para o Brasil. Um leve desencontro de calendários. Uns oito meses depois, ele retornou ao Brasil e os dois se encontraram em Florianópolis. “Fui visitar minha amiga, que acabou virando minha irmã lá (Austrália), fizemos uma tatuagem juntas. E ele (Lorenzo) tava por lá, encontrei os dois em Floripa, ficamos, um gostava do outro, sempre tínhamos a ideia de ir se encontrando… Depois, cada um voltou para sua cidade, ele para Porto Alegre, eu para Santos, entramos na faculdade, cada um no seu quadrado, mas voltei para Porto Alegre para encontrá-lo… E foi concretizando o namoro”, conta de forma orgulhosa.

 

Depois desse hiato na vida, acabou escolhendo o curso de “Ciências Biológicas com Ênfase no Mar”, popularmente conhecido por aí como Biologia Marinha. Uma escolha até meio que óbvia, afinal, o mar está presente na vida da Paulinha, que cresceu em Santos e, com apenas quinze anos, começou a surfar, ali no Posto 2, na escolinha. “Acho que agora vou me molhar… Vou entrar na água…”, pediu durante as fotos. Disse para esperar um pouco, a maquiagem poderia sair. O mar chama ela o tempo todo. “Paulinha, olhe pra cá, olhe pra mim…”, eu pedia com a câmera apontada, ela olhava e em segundos, desviava o olhar, contemplava o oceano. Ali estavam seus três grandes amores: o mar, o surf e Lorenzo.

bottom of page